Compartilhe em suas redes sociais:

Natalia

05 novembro 2022

Nenhum comentário

Casa Best Destinations

Xingu: marco na luta dos indígenas é tema de exposição no IMS

Xingu: marco na luta dos indígenas é tema de exposição no IMS

Compartilhe em suas redes sociais:

Com origem em um podcast sobre a luta dos indígenas para demarcar o território do Parque Indígena do Xingu, a exposição reúne 200 obras que comparam a história registrada por não indígenas e indígenas.

 

Fotógrafo registrando um momento de artesanato de uma indígena Xingu.

Foto: Coletivo Kuikuro de Cinema/Reprodução

 

O Parque Indígena do Xingu

 

O Xingu é um grande território indígena brasileiro, localizado no Mato Grosso. Com mais de 6 mil indígenas, de 16 etnias, tem importância simbólica e material para a luta pelos direitos dos povos indígenas. Mesmo com mais de 60 anos de existência, ainda é uma terra disputada e ameaçada.

 

Sua longa trajetória de disputas é o tema da exposição “Xingu: contatos”, que o Instituto Moreira Salles (IMS) apresenta em sua sede (na Paulista) a partir do dia 5 de novembro. Com sua exposição, você entenderá a importância e as formas de resistência do povo xinguano.

 

Foto panorâmica da terra Xingu, com uma divisão entre mata e deserto.

 Foto: Acervo de Kamikia Kisêdje/Reprodução 

 

Os curadores da exposição

 

A exposição tem curadoria do cineasta Takumã Kuikuro (As Hiper Mulheres, de 2011), do jornalista Guilherme Freitas e da assistente de curadoria Marina Frúgoli. O ponto de partida das pesquisas foi um podcast gravado por Takumã e Guilherme em 2021. “Xingu: terra marcada” é uma série de 5 episódios com entrevistas que narram a histórica batalha pela demarcação do Parque Indígena do Xingu.

 

Indígena Xingu tirando foto com uma câmera fotográfica preta.

 Foto: Acervo Takumã Kuikuro/Reprodução

 

A exposição reúne uma coleção de 200 itens, pesquisados durante mais de dois anos. Ela inclui filmes, fotografias e documentos do século 19 até os dias de hoje. Obras e documentos antigos, produzidos por não indígenas, são colocados lado a lado com obras de indígenas. O diálogo e contraste entre elas garante reflexões e novas percepções.

 

Parte importante da coleção destaca como a produção audiovisual indígena tem crescido. São seis curta-metragens feitos especialmente para a exposição do Xingu. Entre os autores estão Divino Tserewahú, Kamatxi Ikpeng, Kamikia Kisêdjê, Kujãesage Kaiabi, Piratá Waurá e do Coletivo Kuikuro de Cinema.

 

Há também obras inéditas do artista Denilson Baniwa e um mural de grafismos do Alto Xingu criado por Wally Amaru na empena de um prédio na Rua da Consolação.

 

Indígenas reunidos para uma foto de cor preta e branca.

Foto: Acervo do Instituto Moreira Salles/Reprodução

 

A exposição conta com acervos de várias instituições, entre elas o próprio ISM, o Instituto Socioambiental (ISA), o Museu do Índio e a ONG Vídeo nas Aldeias.

 

Entre as obras em exposição estão:

 

  • Curta-metragem de Piratá Waurá sobre a gruta Kamukuwaká, local sagrado que acabou ficando de fora do território demarcado;
  • “Comunidades da Floresta” (Kamikia Kisêdjê), reunindo a mudança drástica de geografia entre as florestas e aldeias do Xingu e as queimadas, desmatamentos e plantações de soja da região;
  • O curta “A Câmera e a Flecha” (Takumã Kuikuro), demonstrando a presença das peças audiovisuais das aldeias do Xingu em festivais internacionais;
  • Retratos de lideranças históricas como Narru Kuikuro, Prepori Kaiabi e Aritana Yawalapiti. Além de lideranças femininas atuais como Mapulu Kamayurá, Watatakalu Yawalapiti (foto abaixo) e Sangain Kalapalo.

 

Mulher indígena de cabelo longo escuro com uma feição séria e uma pintura laranja no rosto.

Foto: Acervo Sitah/Reprodução

 

A entrada para a exposição do Xingu é gratuita. Ela acontece do dia 5 de novembro até 9 de abril de 2023 na sede do Instituto Moreira Salles, que funciona de terça a domingo, das 10h às 20h. Confira, aqui embaixo, mais informações:

 

Site: www.ims.com.br

Instagram: @imoreirasalles

Endereço: Avenida Paulista, 2424 — Bairro Bela Vista, São Paulo – SP

 

Aldeia indígena, com casinhas de teto de palha e uma fumaça escura ao fundo.

Foto: Rede Xingu+/Reprodução

 

Quer saber de mais exposições e museus em São Paulo?

 

A exposição sobre o Xingu é incrível e está acontecendo em um dos vários museus e institutos que você encontra na cidade. Se você quer conhecer mais lugares assim, não deixe de acompanhar o Blog da Visite São Paulo e menos ainda de seguir nossa página no Instagram!

 

Além de exposições e eventos culturais, por lá você fica sabendo de 3 opções de restaurantes veganos em São Paulo, por exemplo. Acesse e confira!

 

 

Leia mais: