Cidade de Aparecida: história e detalhes do que tem por lá!

Muito procurada por religiosos ao longo do ano, a cidade de Aparecida (ou “Aparecida do Norte”), aqui em São Paulo, tem uma história bastante curiosa e respeitada por católicos do mundo inteiro.

A média anual de visitantes é de 12 milhões de pessoas (pré-pandemia). Segundo a Prefeitura da cidade de Aparecida, a história da cidade se inicia no ano de 1717, quando correu por lá a notícia de que o Conde de Assumar faria uma passagem pela Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá.

Arte: Mavinho Acoroni e Jean Rosa/Reprodução

Para receber o Conde e sua comitiva, pescadores locais se organizaram para buscar peixes no Rio Paraíba do Sul, embora estivessem cientes de que o rio não estava em época de pesca naquele momento.

Conforme o grupo de pescadores seguia pelo rio, muitos deles foram desistindo por conta da escassez de peixes. Três deles (Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves), obstinados a voltar para a terra com o alimento, prosseguiram rio adentro e acabaram encontrando pedaços da imagem de Nossa Senhora da Conceição (primeiro o corpo, depois a cabeça). Após terem achado a imagem da santa, suas redes foram lançadas novamente ao rio e voltaram com uma grande quantidade de peixes.

Os três pescadores denominaram a santa como “Nossa Senhora da Conceição “Aparecida” das águas do Rio Paraíba do Sul” depois de seu feito e, após a união de fiéis e muitos anos de devoção à imagem, nasceu o que hoje conhecemos como a cidade de Aparecida.

A imagem da padroeira da cidade de Aparecida só se fortaleceu com o passar dos anos: muitos fiéis rezavam e pediam por seus milagres, até que em 1745 foi criada uma capela para homenagear as graças alcançadas pela santa.

A cidade foi crescendo em seu entorno e a quantidade de viajantes que vinham visitar a imagem aumentava junto. Por conta disso, no ano de 1888, inaugurou-se o que conhecemos como a Basílica Histórica de Nossa Senhora Aparecida.

Até hoje, o prédio existe e é um monumento tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).

Foto: Mavinho Acoroni/Divulgação 

O que chama a atenção é sua arquitetura barroca e o altar esculpido em mármore – são muitos detalhes a serem observados e, em cada um deles, moram anos e anos de história.

Para chegar até a Basílica Histórica, os visitantes podem optar por caminhar na Passarela da Fé, que é um caminho de 390 metros que os peregrinos e pagadores de promessas muitas vezes atravessam de joelhos para agradecer pelas graças alcançadas.

Em 1982, aconteceu a trasladação da Imagem Milagrosa da santa para a “basílica nova”, um espaço ainda maior, que foi consagrado pelo Papa João Paulo II. Em 1983, esta Basílica de Aparecida foi declarada como Santuário Nacional pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Foto: Mavinho Acoroni/Divulgação 

O Santuário fica bem próximo à primeira Basílica, cerca de 10 minutos de caminhada, e hoje o local é um centro evangelizador, que atende os romeiros e peregrinos que chegam das mais diversas regiões do Brasil.

De arquitetura neorromânica e bem diferente da Basílica Histórica, este é considerado o segundo maior templo católico do mundo, perdendo apenas para a Basílica de São Pedro, no Vaticano.

O lugar já até recebeu a visita de três Papas diferentes: João Paulo II, no ano de 1980, Papa Bento XVI, em maio de 2007, e Papa Francisco, em julho de 2013.

Foto: Mavinho Acoroni/Divulgação 

Além desse simbolismo religioso, a cidade também traz outras atividades interessantes, como o passeio de teleférico até o Morro do Cruzeiro.

Ele tem 47 cabines, onde cabem até 06 pessoas em cada. São 1100 metros de percurso e, de lá de cima, é possível ter uma visão panorâmica do Santuário Nacional de Aparecida.

É uma ótima atração para o público de todas as idades, onde os visitantes podem tirar fotos e curtir a vista da belíssima cidade abaixo.

O melhor de tudo, é que a cidade de Aparecida fica pertinho da capital! Localiza-se a apenas 170 quilômetros e é muito interessante para visitar – ademais dos monumentos e de pontos turísticos, ao redor do Santuário acontece uma feira livre nos finais de semana onde é possível provar delícias locais. Partiu viver tudo isso?

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